Primeiramente, eu só gostaria de avisá-los que esse é o último capítulo antes da história realmente começar. Já no próximo capítulo começará a real história. Até agora, só fiz alguns especiais para mostrar o quanto a Selena realmente era especial para cada um.
Aproveitem.
Você se lembre de quando prometeu que estaria para sempre ao meu lado?
E onde você está agora? - Demi para Selena.
Boston, Massachusetts.
Segunda-Feira, 17 de Fevereiro de 2009.
15:39 da tarde - Selena On.
- Não acredito nisso. – Resmunguei irritada, jogando o algodão encharcado de sangue na primeira lixeira que vi pela frente. – Ok. Respira Selena – Sussurrei para mim mesma. Repousei minhas mãos na bancada de mármore, organizando meus pensamentos. Involuntariamente, simplesmente murmurei – Isto não pode estar acontecendo. Não, de novo não – Falei, fechando meus olhos. Não era a primeira vez que eu encontrava gotículas de sangue sobre o piso do banheiro da Demi. Isto tinha virado uma rotina insistente e agonizante durante todos os piores momentos de nossa vida. Eu sempre fui forte, ou ao menos tentei parecer. Mas ela jamais conseguiu esconder de mim seus problemas. Lê-se automutilação. Suspirei e encarei o gilete sujo do liquido vermelho sobre a estante de madeira, pondo minhas mãos em sinal de protesto sobre o espelho de vidro. “ Isto tem que parar. ” – Pensei, andando sobre o quarto extenso de minha irmã. O barulho de minhas pantufas Victoria Secrets sobre o chão de carvalho dominava toda a extensão da casa, enquanto meus pais festejavam em meio a um churrasco no andar debaixo. A Demi se encontrava na rua a quase meia hora, enquanto eu mexia aflita em tudo que via pela minha frente. Andei exasperada até meu quarto, jogando meu corpo sobre a gigantesca cama.
- OK. Você consegue. – Murmurei, ao me lembrar do alto grau de dificuldade que envolvia essa situação. Na realidade, o que mais me incomodava era a culpa que repousava sobre mim. Tudo parecia tão simples aos olhos dos outros, mas eu simplesmente não consigo aceitar que isso acontecia
- Droga Demetria. – Resmunguei, pondo minhas mãos no peito. – Você me assustou.
- Hm, desculpa. – Falou, passando sobre mim e entrando no quarto. Distraída, apenas jogou seus sapatos sobre o tapete e se deitou na cama. – O quê você quer?
- Conversar. – Falei em meio a um suspiro, me sentando na cadeira ao lado da cama.
- Sobr...
- Olha... Você sabe que pode contar comigo para tudo certo? – Ela assentiu desconfiada.
- Porquê? – Palavras perdidas passavam sobre minha mente. O quê falar? Como falar? É complicado. Na realidade, mais que isso. Eu me sentia perdida em meio a minhas próprias emoções, e isso me aflinge ainda mais do que aparento. Engoli um seco e resmunguei algumas palavras perdidas, ignorando o fato do suor descer pelas extremidades do meu rosto.
- Demi... Você está bem? – Ao ver que ela me encarava assustada, percebi que ainda não era esse o ponto. - Droga. – Resmunguei para mim mesma.
- Estou ué. – Falou distraída. Certo. E agora? Não me restava reação a não ser ir direto ao ponto, coisa que podia apavorá-la ainda mais. – Selena, você...
- Demi, e-eu estou preocupada. – Segundos depois, completei - Sim, com você. Eu sei que...
- Selena, do quê você está falando? – Fechei meus olhos. Minhas mãos tremiam, e minha irmã parecia perdida em seus pensamentos, ou até mesmo confusa com minhas reações. – O que houve? – O vento gelado que partiu da janela em minha direção veio quase como o sinal de que eu não deveria desistir.
- O quê houve?! – Falei sarcástica. Suspirei fundo e puxei seus pulsos, os virando para cima de um modo levemente grosseiro, admito. – Isto houve Demetria! O quê é isto? – Assustada, a mesma puxou rapidamente seu casaco, perplexa com meu ato. Seus olhos percorriam todo o ambiente ao seu redor, porém em nenhum momento se encontraram com os meus. Ela estava visivelmente perdida dentro de si, talvez com medo do que poderia acontecer. E sinceramente, ela tinha razão. Eu não deixaria isso passar em branco. Com outra pessoa eu até poderia. Mas com ela, não. – Fala!
- E-Eu não quero falar sobre...
- Eu não perguntei se você queria. – Falei irritada. Ok. “ Se acalma Selena ” – Pensei comigo mesma. Não adiantaria de nada se estressar. Só a assustaria ainda mais. Suspirei profundamente e enrolei meu cabelo em um coque desajeitado, que caiu instantes depois, me irritando profundamente. – Tá. Você consegue. – Resmunguei. A Demi já ia se levantando da cama, indo possivelmente para qualquer cômodo onde eu não estivesse. Segurei seu braço agilmente, a impedindo de prosseguir. – Demi.
- Selena, eu não tenho a obrigação de te falar tudo sobre a minha vida ok? Eu não...
- Demi, eu sou sua melhor amiga. – Falei lentamente, encarando seu rosto subitamente irritado. – Eu sempre te disse que poderia contar comigo para tudo. O porquê não faz isso?
- Porquê minha vida é complicada, e nela eu tenho que resolver meus próprios problemas, não você! – Gritou exaltada. A encarei com certa pena. Talvez eu a conhecesse tão bem, que mesmo pelo seu olhar vi o que aquilo significava. - Era demais para ela – Pensei comigo mesma. Nunca estive em sua pele para saber mas... Nada ocorre por simples motivos. Todos chegam e criticam. Todos julgam, falam mal e colocam opiniões. Isso nunca me afetou muito. Mas talvez, com ela, fosse o contrário.
- Demi, senta. – Falei calmamente, puxando seu braço com delicadeza ao meu lado. A mesma relutava, talvez orgulhosa demais para admitir que precisava da ajuda de alguém. Seus olhos suplicavam por qualquer apoio possível, porém seu corpo se recusava a estar ao meu lado. Pisquei meus olhos lentamente, indicando para que ela repousasse na poltrona seguida por mim. Acabada, a mesma simplesmente desabou sobre meus braços. Surpresa, a acolhi em volta de mim, passando meus dedos finos sobre seu cabelo estrategicamente cortado em meio a uma crise de fúria a alguns meses atrás, mas isso já é outra história. Suas lágrimas caiam sobre meu ombro, molhando toda a blusa de 1000 dólares que eu tinha comprado na Zara a alguns dias atrás, porém, pela primeira vez, não me importei. Deixei seus problemas se desmancharem sobre meu colo por longos minutos, até subir seu olhar em minha direção, e limpando as lágrimas que insistiam em descer sobre seu rosto. Suspirei profundamente.
- Ok. Agora, Demi, me conte o que houve. – Falei aparentemente calma, porém quase chorando ao enxergar seus pulsos por dentro. Ela voltou a sussurrar, me fazendo piscar os olhos lentamente ao não entender suas palavras. – Demi, o que eu disse? Eu sou sua melhor amiga. Sua irmã lembra? Não precisa ter medo de me falar nada...
- V-Você não entende Selena. Você é perfeita. – Gaguejou entre lágrimas. Mordi meus lábios nervosa, com medo de qual seria o impacto de minha resposta. – E na-não venha falar que você não é. V-Você tem tudo para ter uma....
- Demi, pare com isso. Ninguém é perfeito. A perfeição cansa. Pessoas perfeitas não podem surpreender, e você surpreende a todos a todo momento. Pessoas perfeitas não podem melhorar, e você melhora cada vez mais a cada dia que passa Demi! Pessoas perfeitas não sabem a diferença do “eu quero” e do “eu posso”. Elas simplesmente fazem o que os outros já esperam. Pessoas perfeitas são amigas de outras pessoas perfeitas, e eu não quero que você seja perfeita para os outros, quero que seja perfeita para mim! Você é perfeita para mim Demi, em cada ato, eu tudo. Eu não sou perfeita! Ninguém é. Entenda isso de uma vez por todas! – Falei exaltada, vendo que as lágrimas ainda desciam pelo seu rosto. – E não chora. Seu rosto é lindo demais para...
- Não fala que eu sou linda. Eu não sou linda, eu não sou Selena! Eu não sou nada, nada. – Murmurou em meio a constantes berros, me fazendo soltar suas mãos abruptamente.
- E quem te disse isso? – Falei nervosa. – Demi, você é linda. Linda, linda para mim. Você tem tantas qualidades, que eu nem ao menos posso enxergar seus defeitos. Não fale isso, não fale que você não é nada, pois você é! – Falei decidida, voltando a encará-la.
- E porquê eles fazem isso Selena? Porquê eles falam que eu não sou nada? E-Eu não entendo, eu só tento ser boa e ...
- Não se deixe abalar. – Murmurei. Ok, eu posso fazer melhor do que isto. Suspirei profundamente. – Demi... Está vendo aquele Sol no fim da estrada? Então, ele brilha toda manhã e não reclama pelo fato da Lua, ofuscar todo seu brilho durante a noite. Ele não se deixa abalar, ele toda manhã volta a brilhar. E você vai deixar se abalar porquê? Porquê você não esnoba os que te atingem e segue sua estrada? Porquê você não brilha? Porquê você não se dá o direito de ser a atenção? Acorde! Você é muito mais do que pensa e do que os outros dizem que é. Você tem brilho, o liberte! Sorria. As lágrimas não ajudam em nada, e aquela frase “Chorar faz bem” faz para quem? Chorar não faz bem, chorar alimenta uma dor, só isso! Esqueça. Viva tudo o que tem que viver, não pense no ontem, mas é você quem manda, então mude. Brilhe, mostre quem você realmente é, não se esconda. Existe uma estrada a seguir, e nela não podemos para pois pessoas dizem que não somos suficientes. Sim, nós somos, e precisamos provar isso para eles. A vida é curta, é só uma e as oportunidades passam, por isso as agarre, não cruze os braços. Não acredite no que eles lhe falam. Você é melhor que isso. – A mesma continuava calada. Seus olhos estavam entre-abertos, fazendo com que as lágrimas descessem pelo canto do seu rosto. Mordi meus lábios nervosamente.
- A-As vezes eu sinto que eu não sou ninguém. Q-Que ninguém irá precisar de mim. E o pi-pior é que eu sou fraca. Eu choro e ...
- Chorar não é sinal de fraqueza, apenas mostra o quanto você já agüentou calada. – Murmurei, encarando minhas pantufas repousadas ao lado de seus pés. – E não se sinta como ninguém. Você é alguém sim. Para mim. Deus planejou e percentuou a parte perfeita do que faltava em mim, e subitamente, encontrei em você.
- Você é um anjo. Sabia? – Murmurou minutos depois, dando, pela primeira vez, um leve sorriso de canto de rosto.
- E-Eu só quero uma coisa Demi. Só uma. – Resmunguei, olhando fundo em seus olhos.
- Claro. – Suspirei profundamente e peguei em suas mãos, passando meus dedos finos sobre suas cicatrizes.
- Não faça mais isso. – Sussurrei, a encarando. – Por favor.
- S-Selena eu...
- Toda vez que você se machuca, machuca a mim também. Por favor, não faça isso. – Falei com lágrimas nos olhos, sentindo-as escorrer pelo canto de meu rosto.
- N-Não me peça isso. Por favor, e-eu...
- Você é forte o suficiente para parar Demi. T-Toda vez que pensar em se cortar, pense em mim! Pense no quanto amo você, e no quanto eu sofreria se te visse mal. Pense que eu só estou aqui por você, que eu só a quero feliz. Por favor, e-eu te amo, eu não quero isso para você. Não, para você não. – Falei exaltada, a encarando profundamente enquanto mordia meus lábios.
- Selena, para, para, você não sabe os meus motivos, não sabe se...
- Sim, eu sei! O pior é que eu sei! – Gritei, me arrependendo profundamente segundos depois. Respirei fundo. – Pense que toda vez que se corta, corta a mim também! Isso me machuca, me corrói, e não quero continuar pensando que não sou boa o suficiente para ajudar nem a minha própria irmã. P-Por favor Demi, por mim, eu...
- Eu não quero falar sobre isso. – Falou fria, deixando uma lágrima escorrer sobre o canto de seus olhos. Pisquei lentamente e abri a gaveta ao lado, pegando a tesoura de ponta que se encontrava lá. Em um ato completamente inesperado e visivelmente não pensado, a enfiei bruscamente em meu pulso, interrompendo a pulsação constante que dominava meu interior. Os olhos da Demi estavam completamente arregalados, assim como sua expressão desesperada. Fechei meus olhos com força ao sentir a dor se espalhar por todo o redor de meu ante-braço, quase podendo ouvir o barulho das gotas de sangue se derramarem sobre o carpete. O choque automático de minhas veias com a tesoura fez meu pulso ficar completamente estático sobre a cama, porém não me importei. Encarei a Demi exaltada em minha frente, e vi uma lágrima teimosa descer pelo canto de seu rosto. – S-Selena...
- Toda vez que você se cortar, eu irei me cortar também. Porquê toda vez que você sofre, eu também sofro. E-Entende isso agora? – Sussurrei em meio a gemidos de dor, deixando as lágrimas rolarem sobre meu rosto.
- P-Por favor, não faz isso, e-eu prometo, eu prometo, mas para com isso Selena, para! – Murmurou. Rasguei a manga de minha blusa e amarrei com força sobre o machucado, ignorando a dor profunda que sentia no momento e abraçando minha irmã.
- E-Eu estou aqui ok? Eu sempre estarei. . – Longos segundos se passaram até a mesma sussurrar em meio a lágrimas em meu ouvido:
- Para sempre? – Assenti.
- Para sempre.
Ai gente, eu achei bonitinho.
Gostaram? Me falem ok? E então, tudo bem com vocês? Espero que sim. Bom, eu estou cheia de coisas para falar. Primeiramente, obrigada pelos comentários, de coração. E sinto muito por não estar respondendo as tags, mas recebi mais de 10 e não tenho tido muito tempo. Me desculpem mais uma vez. E quanto a promoção, até agora só entrei em contato com a Mirela, e Carol, logo irei te mandar um email ok? É isso gente. Não tive tempo de responder os comentários, me desculpem. É isso.
25 comentários para o próximo ok?
Um beijo,
Mandy ~
Gostaram? Me falem ok? E então, tudo bem com vocês? Espero que sim. Bom, eu estou cheia de coisas para falar. Primeiramente, obrigada pelos comentários, de coração. E sinto muito por não estar respondendo as tags, mas recebi mais de 10 e não tenho tido muito tempo. Me desculpem mais uma vez. E quanto a promoção, até agora só entrei em contato com a Mirela, e Carol, logo irei te mandar um email ok? É isso gente. Não tive tempo de responder os comentários, me desculpem. É isso.
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